 Israel: Uma necessidade Divina 
Estamos vivendo num tempo profético. Muitas profecias bíblicas ficaram guardadas até os nossos dias para terem o seu cumprimento em nossa geração. E D-us busca um povo atento, não desavisado, nem desapercebido, com olhos e ouvidos abertos para ver os acontecimentos, ouvir o chamado divino e participar do cumprimento profético. Afinal, como diz certo folheto missionário: "Por que apenas ler profecias, se podemos trabalhar pelo seu cumprimento?" Neste contexto, somos obrigados a olhar para um dos maiores sinais de D-us deste tempo: a Nação de Israel. Mas qual é a real importância de Israel e o que nós, Igreja de Ieshua o Ungido temos a aprender, conhecer ou fazer em direção a esta Nação e a este Povo? Para responder, uma pequena história extraída de um dos livros do escritor sueco Goran Larsson: "Conta-se de Friedrich, o Grande, da Prússia. Ele foi ateísta, porém tinha um médico muito piedoso. Uma vez ele exigiu do seu doutor: Dá-me uma prova da existência de D-us! Mas rápido, pois não tenho tempo! O doutor respondeu imediatamente: "Os judeus, Vossa Majestade!"É verdade. No mais elementar de tudo, devemos olhar para Israel para crer em D-us, porque esta Nação é a prova materializada da Sua existência. Por certo existem inúmeros outros fatos que comprovam que D-us existe. Mas você já pensou que, de uma forma ou de outra, todos vêm de Israel? Para começar, a Bíblia, o Livro de D-us, saiu deste Povo. E foi no meio dele que D-us formou um povo exclusivo para Si mesmo. Foi com ele que firmou uma aliança e foi através dele que agiu poderosamente na terra, abrindo o mar, mandando comida do céu, tirando água da rocha e expulsando povos irremediavelmente corruptos.Foi entre o povo de Israel que se manifestou a Glória da presença de D-us. Dele o Nosso Rei e Senhor, o Messias Ieshua nasceu, bem como todos os primeiros proclamadores do Cristianismo. E foi dentre eles que os demônios começaram a ser expulsos, os enfermos curados, os presos libertos, os tristes consolados e os caídos levantados! Quem pode negar que isso atesta a existência de D-us? Mas se não bastasse, ainda temos uma incontestável prova, e em nosso dias: a restauração física de Israel, após anos de exílio e devastação, concretizada neste século, no ano de 1948, como cumprimento profético.Isaías profetizou no seu capítulo 17: "Israel florescerá e brotará e eles encherão de frutos a face do mundo". Quem vai a Israel hoje vê um deserto cheio de flores e frutos, que são, efetivamente, exportados para todo o mundo. E este é apenas um detalhe entre muitos fatos que se sucedem, em nossos dias, dentro do País Israel e através do Seu Povo, os judeus. Não é maravilhoso pensar que tudo isso está se cumprindo nos nossos dias, diante dos nossos olhos? Podemos, pois, ignorar Israel?Além de todas estas coisas, precisamos aprender, e muito, com os judeus e com toda a sua história. Porque eles nos falam, sim, da existência de D-us, mas um D-us vivo, que intervém, que fala, que está com os ouvidos atentos aos que o buscam e que não se esqueceu dos seus, antes é totalmente fiel e não quebra as suas alianças.Que esperança nos traz olhar para Israel! E que gozo é para o Senhor quando o fazemos. Porque, acima de tudo o que falamos, Israel é "a menina dos olhos de D-us" (Zacarias 2.8). E Ele nos chama a também olhá-los como tal. E a colaborar com Ele para o desfecho final da história deste povo, à Sua maneira e não como nós achamos que deve ser.Porque, se a prova da existência de D-us sucumbir, onde irá D-us? Olhar para Israel, pois, e trabalhar pelo seu bem, é igual a buscar a glória do Nome de D-us sobre a terra. "Vindicarei a santidade do meu grande nome...", diz o Senhor em Ezequiel 36.23. E é este o tempo desta vindicação divina se efetivar. Vamos colaborar com o Senhor?Alguns fatos precisam acontecer para que esta glória de D-us sobre Israel seja restabelecida e o próprio Senhor está conclamando a Sua Igreja para se engajar neste projeto de redenção de Israel, e com atitudes bem práticas, porque é necessário:1) - Que as nações da terra e a verdadeira Igreja de Ieshua o Ungido reconheçam que "D-us não rejeitou o Seu Povo (Israel), a quem de antemão escolheu" - Romanos 11.2;2) - Que os cristãos verdadeiros percebam que as suas raízes são judaicas e que busquem resgatá-las, pois "...não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti" - Romanos 11.18;3) - Que haja uma virada de todos a favor de Israel, porque a glória de D-us começou a se manifestar neste povo e vai culminar sobre ele também e a Igreja de Ieshua tem um importante papel nisso, devendo se colocar como instrumento de unidade, "pois de ambos os povos Ele fez um" - Efésios 2.14;4) - Que comecemos a abençoar, consolar e amar a Israel, incondicionalmente, em gratidão pelas bençãos que os judeus nos trouxeram e para sermos prósperos: "Abençoarei os que te abençoarem..." - Gênesis 12.3 e "Prosperem os que te amam" - Salmo 122.6;5) - Que os homens e mulheres de oração se movam em direção a Israel e ao povo judeu, clamando por sua redenção, por seu retorno a Sião, pela paz em Ierushalaim, pelo cumprimento das profecias bíblicas e pela vinda do Amado, o Messias de Israel, Ieshua: "... ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não descanseis, e não lhe deis a Ele descanso até que estabeleça Ierushalaim e a ponha por objeto de louvor na terra" - Isaías 62.6,76) - Que não só comprovemos o milagre que é o País de Israel hoje, mas nos posicionemos politicamente a Seu favor, compreendendo que as lutas que ali acontecem são espirituais, entre Satanás e o D-us de Israel, porque o Senhor declarou: "a nação e o reino que não te servirem perecerão" - Isaías 60.12;7) - Que socorramos materialmente a Israel em suas necessidades, pois "se os gentios têm sido participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também servi-los com bens materiais"- Romanos 15.27;9) - Que participemos do "II Êxodo", ajudando no repatriamento de judeus para a Terra de Israel, conforme cumprimento profético: "Assim diz o Senhor: eis que levantarei a minha mão para as nações e ante os povos arvorarei a minha bandeira; eles trarão os teus filhos nos braços e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros" - Isaías 49.22;10) - Que subamos a Ierushalaim para ver a sua glória e isso não só como turistas, mas como intercessores, reconhecendo que é para ela que o Messias Ieshua voltará e é a partir dela que reinará sobre a terra: "E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião..." - Apocalipse 14.1;11) -"...quando Ele (Ieshua) entregar o reino ao D-us e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder"- I Coríntios 15.24.Este é o chamado de D-us para o Seu Povo Igreja neste tempo. Será que o atenderemos na Sua necessidade e provaremos da Sua glória, ou nos manteremos alheios e perderemos a plenitude dos Seus planos?
......
 Israel: Uma necessidade Divina 
Estamos vivendo num tempo profético. Muitas profecias bíblicas ficaram guardadas até os nossos dias para terem o seu cumprimento em nossa geração. E D-us busca um povo atento, não desavisado, nem desapercebido, com olhos e ouvidos abertos para ver os acontecimentos, ouvir o chamado divino e participar do cumprimento profético. Afinal, como diz certo folheto missionário: "Por que apenas ler profecias, se podemos trabalhar pelo seu cumprimento?" Neste contexto, somos obrigados a olhar para um dos maiores sinais de D-us deste tempo: a Nação de Israel. Mas qual é a real importância de Israel e o que nós, Igreja de Ieshua o Ungido temos a aprender, conhecer ou fazer em direção a esta Nação e a este Povo? Para responder, uma pequena história extraída de um dos livros do escritor sueco Goran Larsson: "Conta-se de Friedrich, o Grande, da Prússia. Ele foi ateísta, porém tinha um médico muito piedoso. Uma vez ele exigiu do seu doutor: Dá-me uma prova da existência de D-us! Mas rápido, pois não tenho tempo! O doutor respondeu imediatamente: "Os judeus, Vossa Majestade!"É verdade. No mais elementar de tudo, devemos olhar para Israel para crer em D-us, porque esta Nação é a prova materializada da Sua existência. Por certo existem inúmeros outros fatos que comprovam que D-us existe. Mas você já pensou que, de uma forma ou de outra, todos vêm de Israel? Para começar, a Bíblia, o Livro de D-us, saiu deste Povo. E foi no meio dele que D-us formou um povo exclusivo para Si mesmo. Foi com ele que firmou uma aliança e foi através dele que agiu poderosamente na terra, abrindo o mar, mandando comida do céu, tirando água da rocha e expulsando povos irremediavelmente corruptos.Foi entre o povo de Israel que se manifestou a Glória da presença de D-us. Dele o Nosso Rei e Senhor, o Messias Ieshua nasceu, bem como todos os primeiros proclamadores do Cristianismo. E foi dentre eles que os demônios começaram a ser expulsos, os enfermos curados, os presos libertos, os tristes consolados e os caídos levantados! Quem pode negar que isso atesta a existência de D-us? Mas se não bastasse, ainda temos uma incontestável prova, e em nosso dias: a restauração física de Israel, após anos de exílio e devastação, concretizada neste século, no ano de 1948, como cumprimento profético.Isaías profetizou no seu capítulo 17: "Israel florescerá e brotará e eles encherão de frutos a face do mundo". Quem vai a Israel hoje vê um deserto cheio de flores e frutos, que são, efetivamente, exportados para todo o mundo. E este é apenas um detalhe entre muitos fatos que se sucedem, em nossos dias, dentro do País Israel e através do Seu Povo, os judeus. Não é maravilhoso pensar que tudo isso está se cumprindo nos nossos dias, diante dos nossos olhos? Podemos, pois, ignorar Israel?Além de todas estas coisas, precisamos aprender, e muito, com os judeus e com toda a sua história. Porque eles nos falam, sim, da existência de D-us, mas um D-us vivo, que intervém, que fala, que está com os ouvidos atentos aos que o buscam e que não se esqueceu dos seus, antes é totalmente fiel e não quebra as suas alianças.Que esperança nos traz olhar para Israel! E que gozo é para o Senhor quando o fazemos. Porque, acima de tudo o que falamos, Israel é "a menina dos olhos de D-us" (Zacarias 2.8). E Ele nos chama a também olhá-los como tal. E a colaborar com Ele para o desfecho final da história deste povo, à Sua maneira e não como nós achamos que deve ser.Porque, se a prova da existência de D-us sucumbir, onde irá D-us? Olhar para Israel, pois, e trabalhar pelo seu bem, é igual a buscar a glória do Nome de D-us sobre a terra. "Vindicarei a santidade do meu grande nome...", diz o Senhor em Ezequiel 36.23. E é este o tempo desta vindicação divina se efetivar. Vamos colaborar com o Senhor?Alguns fatos precisam acontecer para que esta glória de D-us sobre Israel seja restabelecida e o próprio Senhor está conclamando a Sua Igreja para se engajar neste projeto de redenção de Israel, e com atitudes bem práticas, porque é necessário:1) - Que as nações da terra e a verdadeira Igreja de Ieshua o Ungido reconheçam que "D-us não rejeitou o Seu Povo (Israel), a quem de antemão escolheu" - Romanos 11.2;2) - Que os cristãos verdadeiros percebam que as suas raízes são judaicas e que busquem resgatá-las, pois "...não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti" - Romanos 11.18;3) - Que haja uma virada de todos a favor de Israel, porque a glória de D-us começou a se manifestar neste povo e vai culminar sobre ele também e a Igreja de Ieshua tem um importante papel nisso, devendo se colocar como instrumento de unidade, "pois de ambos os povos Ele fez um" - Efésios 2.14;4) - Que comecemos a abençoar, consolar e amar a Israel, incondicionalmente, em gratidão pelas bençãos que os judeus nos trouxeram e para sermos prósperos: "Abençoarei os que te abençoarem..." - Gênesis 12.3 e "Prosperem os que te amam" - Salmo 122.6;5) - Que os homens e mulheres de oração se movam em direção a Israel e ao povo judeu, clamando por sua redenção, por seu retorno a Sião, pela paz em Ierushalaim, pelo cumprimento das profecias bíblicas e pela vinda do Amado, o Messias de Israel, Ieshua: "... ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não descanseis, e não lhe deis a Ele descanso até que estabeleça Ierushalaim e a ponha por objeto de louvor na terra" - Isaías 62.6,76) - Que não só comprovemos o milagre que é o País de Israel hoje, mas nos posicionemos politicamente a Seu favor, compreendendo que as lutas que ali acontecem são espirituais, entre Satanás e o D-us de Israel, porque o Senhor declarou: "a nação e o reino que não te servirem perecerão" - Isaías 60.12;7) - Que socorramos materialmente a Israel em suas necessidades, pois "se os gentios têm sido participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também servi-los com bens materiais"- Romanos 15.27;9) - Que participemos do "II Êxodo", ajudando no repatriamento de judeus para a Terra de Israel, conforme cumprimento profético: "Assim diz o Senhor: eis que levantarei a minha mão para as nações e ante os povos arvorarei a minha bandeira; eles trarão os teus filhos nos braços e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros" - Isaías 49.22;10) - Que subamos a Ierushalaim para ver a sua glória e isso não só como turistas, mas como intercessores, reconhecendo que é para ela que o Messias Ieshua voltará e é a partir dela que reinará sobre a terra: "E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião..." - Apocalipse 14.1;11) -"...quando Ele (Ieshua) entregar o reino ao D-us e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder"- I Coríntios 15.24.Este é o chamado de D-us para o Seu Povo Igreja neste tempo. Será que o atenderemos na Sua necessidade e provaremos da Sua glória, ou nos manteremos alheios e perderemos a plenitude dos Seus planos?
......
 Davi e os seus antepassados, entendiam muito de ovelhas e dos seus hábitos, e o que ele fez foi traduzir em palavras simples as meditações de uma ovelha. A repetição diária desse Salmo enche todo pastor de reverência pela sua lida. E este poema é tomado pelos da nossa profissão como a pedra-imã que nos guia. É o nosso baluarte nos dias quentes ou de tempestade, nas noites escuras, ou quando as feras vêm rondar à volta dos nossos rebanhos. Muitos dos seus versos formulam as obrigações singelas e os deveres reais de um pastor da Terra Santa, quer ele viva no nosso tempo, quer tenha seguido a mesma vocação há seis mil anos. Tem, frase por frase, um sentido que nós perfeitamente compreendemos."
 Davi e os seus antepassados, entendiam muito de ovelhas e dos seus hábitos, e o que ele fez foi traduzir em palavras simples as meditações de uma ovelha. A repetição diária desse Salmo enche todo pastor de reverência pela sua lida. E este poema é tomado pelos da nossa profissão como a pedra-imã que nos guia. É o nosso baluarte nos dias quentes ou de tempestade, nas noites escuras, ou quando as feras vêm rondar à volta dos nossos rebanhos. Muitos dos seus versos formulam as obrigações singelas e os deveres reais de um pastor da Terra Santa, quer ele viva no nosso tempo, quer tenha seguido a mesma vocação há seis mil anos. Tem, frase por frase, um sentido que nós perfeitamente compreendemos." 
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
As ovelhas sabem instintivamente, que antes de as acomodar para passarem a noite já o pastor lhes planeou o pasto para o dia seguinte. Pode ser que as leve de novo ao mesmo campo, pode ser também que as leve a um novo prado. Não se incomodam com isso. Não temem. Sentem-se seguras. Sempre as guiou bem no passado e têm fé no futuro porque sabem que ele só visa o bem-estar do seu rebanho." 
Deitar-me faz em verdes pastos.
"As ovelhas pastam desde cerca das 3 e 30 da manhã até por volta das 10. Depois deitam-se durante três ou quatro horas e descansam". "Quando o pastor as vê ruminar, satisfeitas, sabe que estão engordando. Em consequência, o bom pastor faz que os animais principiem cedo e pela erva mais rija, depois leva-os, manhã afora, para as pastagens mais ricas e mais agradáveis e chega por fim com seu rebanho a um lugar sombreado, para o descanso do meio-dia, em pastos magníficos e verdes que são os melhores de todo o dia. E as ovelhas sentem-se contentes quando em tão aprazíveis lugares."
Guia-me mansamente a águas tranquilas.
"Todo pastor sabe, "que as ovelhas não bebem em águas revoltas. Há nas colinas da Terra Santa muita fonte pequena cujas águas correm do alto para os vales, indo a evaporar-se ao sol do deserto. Embora as ovelhas precisem de água, não bebem desses rápidos riachos. O pastor tem de achar um lugar onde as rochas ou a erosão tenha formado um pequeno tanque ou então fazer com as mãos uma cova suficiente para conter ao menos um balde d'água." 
a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do Seu nome.
"As ovelhas da Terra Santa excedem em instinto de rebanho o Merino espanhol ou o Rambouillet francê. "Cada uma toma de manhã o seu lugar na linha de pasto e conserva a mesma posição durante todo o dia. No entanto, uma vez ao dia, toda ovelha deixa o seu lugar e vai ter com o pastor, que lhe estende a mão, enquanto o animal se aproxima com olhos esperançosos e uns balidos curtos e brandos. O pastor esfrega-lhe o focinho e as orelhas, coça-lhe o queixo e, afetuosamente, murmura-lhe alguma coisa ao ouvido. A ovelha roça-se-lhe nas pernas ou, se o pastor está sentado, dá-lhe mordiscos nas orelhas, e acaricia-lhe o rosto com o focinho. Depois de alguns minutos desta comunhão com o pastor, volta ao seu lugar na linha."
Ainda que eu andasse pelo Vale da Sombra da Morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam.
"Há realmente na Palestina um Vale da Sombra da Morte e todo pastor, da Espanha à Dalmácia, sabe da sua existência. Fica ao sul da estrada de Jericó que leva de Jerusalém ao Mar Morto e no estreito desfiladeiro através duma cadeia de montanhas. As condições climáticas e de pastagem tornam necessário que se leve o gado todos os anos por esse vale afora, para pastos diferentes, segundo as estações do ano. O vale tem 7 quilômetros de comprimento. As vertentes vão nalguns lugares a quase 500 metros de altura e no fundo a largura não passa de três ou quatro metros. A viagem através do vale é perigosa porque o chão, fortemente erodido pelas chuvadas, tem fendas de três a quatro metros de profundidade. O caminho em rocha sólida é, nalguns pontos, tão estreito que as ovelhas não podem dar a volta, e é lei não escrita dos pastores que os rebanhos devem subir logo de manhã e descer de tarde para que não se encontrem no caminho. Há séculos que as mulas não podem transitar por este vale, mas os pastores de ovelhas e de cabras têm sempre conseguido passar com seus rebanhos desde as épocas mais antigas do Velho Testamento. Mais ou menos a meio caminho do vale, a vereda passa dum lado para o outro num lugar em que existe uma fenda de 2 metros e meio. Um lado dessa fenda é cerca de meio metro mais alto que o outro, e os carneiros têm de atravessá-la de um salto. O pastor fica de pé junto do buraco e anima ou oubriga a ovelha a dar o pulo. Se o animal escorrega e cai na fenda, entra em ação o cajado. Pôe-se a volta que este tem na ponta, à moda antiga, em torno do pescoço ou do peito da ovelha, conforme seja o animal grande ou pequeno e puxa-se o bicho para lugar seguro. Se se usa um cajado mais moderno, de volta curta, pega-se o animal junto dos cascos, levantando-o para a vereda. Ocultos nas sombras do vale, muitos cães selvagens espreitam a sua presa. Depois de um rebanho ter entrado no desfiladeiro, pode ser que a ovelha da frente encontre um destes animais; como não pode voltar para trás lança um balido de aviso. O pastor, hábil em atirar o bordão, lança-o contra a fera e fá-la rolar para dentro duma das fendas onde facilmente a mata. Aprenderam assim as ovelhas a não ter medo de coisa alguma mesmo no Vale da Sombra da Morte, porque ali está seu pastor para ajudá-las e protegê-las do mal."
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos.
"O que Davi quis dizer torna-se de compreensão bem fácil, "quando se conhecem as condições dos campos de criação de carneiros na Terra Santa. São abundantes as plantas venenosas fatais para os carneiros que andam no pasto. Todas as primaveras tem o pastor de estar constantemente alerta. Quando encontra tais plantas, pega do alvião, e lá vai à frente arracando todo pé e raiz que consegue enxergar. À medida que arranca as plantas, coloca-as em cima de pequenas piras de pedra, algumas das quais foram feitas por pastores nos dias do Velho Testamento, e de manhã já estão bastante secas para se poderem queimar. Nesse ínterim, as ovelhas são conduzidas à pastagem recentemente preparada, agora livre de plantas venenosas, e comem em paz, na presença das suas inimigas mortais."
Unges a minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda.
"Em cada aprisco há uma grande tigela de barro, cheia de azeite, e um jarro de pedra, cheio de água. Quando as ovelhas voltam para passar a noite, são levadas a um portão. O pastor põe o cajado atravessado em cima da entrada, um pouco mais alto do que o dorso dos animais. À medida que as ovelhas vão passando uma a uma, o pastor examina-as rapidamente para ver se têm carrapichos nas orelhas, espinhos no focinho ou se os olhos estão lacrimejando por causa da poeira ou de arranhões. Se encontra alguma nessas condições, toca com o cajado no lombo do animal, que logo sai da fila. Limpa cuidadosamente as feridas de cada uma das ovelhas. Depois enfia a mão no azeite e unta a contusão. Mergulha uma grande taça no jarro d'água, que se mantém fresca pela evaporação no barro não vidrado e tira-a para fora, nunca meio cheia, mas sempre transbordante. A ovelha mergulha o focinho na água límpida, até aos olhos, se está com febre, e bebe até se sentir completamente refeita. Quando todo o rebanho está descansando, o pastor pousa o cajado no chão, sempre ao alcance, no caso de ser preciso para proteger os carneiros durante a noite, enrola-se no pesado capote de lã e, deitando-se atravessado na entrada, volta-se para os animais a fim de lhes vigiar o repouso noturno." "Então, depois de todo o cuidado e proteção que o pastor lhe deu, uma ovelha pode perfeitamente monologar no crepúsculo, o que Davi traduziu nas palavras:
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por longos dias."